DIA 29 DE JULHO:
- Isabelly Cristine de Oliveira
- 27 de ago. de 2024
- 3 min de leitura
Ao início da aula houve instruções e feedback sobre a próxima aula extra-sala de visita na USE. Após o breve momento de introdução, a professora efetuou retomada da história da TO, desta vez se debruçando sobre a história da Terapia Ocupacional no Brasil.
Assim, no contexto brasileiro há a criação, no século XIX, do primeiro manicômio, o Hospício Dom Pedro II, no Rio de Janeiro, visando tratamento moral e terapia pelo trabalho. Contudo, o tratamento moral começa a cair em desuso pois começa-se a ter preferências por outras formas de tratamento, fortemente influenciadas pelos movimentos sociais. Já na década de 1940, a psiquiatra Nise da Silveira cria o curso técnico em “terapêutica ocupacional”, ainda não entendido como a Terapia Ocupacional como a profissão formal em si, há a concepção de “um conjunto de práticas que usavam a ocupação de forma terapêutica”.
Ivonne Lara era enfermeira, assistente social e especialista em terapia ocupacional formada pelo curso ofertado por Nise da Silveira, e contribuiu para o desenvolvimento de T.O no Brasil, porém mesmo fazendo parte da história da profissão no contexto brasileiro, continua sendo apagada pela narrativa oficial.

Os serviços e programas de reabilitação, com as ações da ONU após a Segunda Guerra Mundial, estabelecem-se em vários países, dentre eles o Brasil. Desse modo, a Terapia Ocupacional se inicia formalmente no Brasil no fim dos anos 40.
Nos anos 60 há a criação de novos cursos em vários estados do Brasil, época também em que o curso avança para o nível universitário e os profissionais se organizam em associações científicas. Em 1971 os cursos de graduação regularizaram-se graças à oficialização da profissão. Ainda nos anos 70, os profissionais, mesmo em defasagem com outras graduações, começam a se organizar em entidades representativas.
→ COFFITO: “normalizou as atribuições específicas e estabeleceu o Código de Ética profissional”. CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL.
→ CREFITOs: credenciar e fiscalizar os serviços profissionais. Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional.
Começa-se a criar uma consciência mais crítica e política na atuação da TO, mudando o ‘olhar’ e significação sobre a ocupação no contexto terapêutico e inserção social, criando-se uma “profissão consciente da sua realidade”.
“A profissão no Brasil foi calcada em sua construção diversa e plural em composição com outras áreas do conhecimento”.
A história da profissão, em última análise, divide-se então em 4 movimentos na história.
Primeiro movimento (década de 50)
paradigma “reducionista”. incorporação e reprodução de práticas profissionais sob a ótica da reabilitação, com caráter técnico: modelo biomédico. influência da psiquiatria social: entrada da perspectiva humanista na produção nacional da profissão.
Segundo movimento (década de 70/80):
Terceiro movimento:
Quarto movimento:
Ainda na primeira etapa da aula foi trazido o significado do brasão oficial da Terapia Ocupacional: “o bastão de Esculápio, que representa o poder da cura, ganha uma releitura com o formato da letra T de terapia, simbolizando o processo de intervenção na ressignificação do cotidiano em busca da independência, autonomia, funcionalidade, participação e empoderamento social, sendo este representado pelas asas da Fênix, que remetem à transformação e renascimento para a vida ocupacional do sujeito. As serpentes traduzem a astúcia, criatividade e capacidade de resiliência dos terapeutas ocupacionais por meio da prescrição, adaptação, treino e aplicação de atividades significativas que compõem as ocupações, representadas aqui pela letra O, que remete ao sujeito ocupacional.” (COFFITO)

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